Rito Adaptado para a Vigília Pascal



TEMPO PASCAL

DOMINGO DA PÁSCOA
NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Na noite santa

Vigília Pascal

Esta forma da Vigília Pascal pode ser celebrada conforme as rubricas abaixo.
Nela não realizam-se batismos.
Dela nada omita-se.

1. Segundo antiquíssima tradição, esta noite é ''uma vigília em honra do Senhor'' (Ex 12,42). Assim os fiéis, segundo a advertência do Evangelho (Lc 12,35ss), tendo nas mãos lâmpadas acesas, sejam como os que esperam o Senhor, para que ao voltar os encontre vigilantes e os faça sentar à sua mesa.

2. Deste modo se realiza a vigília desta noite: após breve celebração da luz (primeira parte da vigília), medita a Igreja sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua palavra e sua promessa (segunda parte ou liturgia da palavra), até que, aproximando-se a manhã da ressurreição, seja convidado, com os membros que lhe nasceram pelo batismo (terceira parte), a participar da mesa que o Senhor lhe preparou por sua morte e ressurreição (quarta parte).

3. Toda Vigília Pascal seja celebrada durante a noite, de modo que não comece antes do anoitecer do sábado e sempre termine antes da aurora de domingo. João Paulo V ainda permitiu que essa Vigília seja celebrada na noite de um dos dias da Oitava Pascal, onde ela ainda não tiver sido celebrada.

4. Mesmo celebrada antes da meia-noite, a Missa da vigília é a verdadeira Missa do domingo da Páscoa.
Quem participa da Missa da noite pode comungar também na segunda Missa da Páscoa.

5. Quem celebra ou concelebra a Missa da noite pode também celebrar ou concelebrar a segunda Missa da Páscoa.

6. O sacerdote e os ministros vestem paramentos brancos, como para a Missa (ou cor festiva). 
Preparem-se velas para todos os que participam da vigília.

Primeira parte

Solene início da Vigília ou Celebração da Luz

Bênção do fogo e preparação do círio

7. Apagam-se as luzes da igreja.

Em um lugar conveniente, fora da igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta, aproxima-se o sacerdote com os ministros, trazendo um deles o círio pascal.
Quando não se pode preparar o fogo fora da igreja, realiza-se o rito como adiante no n.13.

8. O sacerdote saúda o povo reunido e explica-lhe brevemente o sentido da Vigília, com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres: Meus irmãos e minhas irmãs. Nesta noite santa, em que nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus.

9. Em seguida, abençoa o fogo.

Pres: Oremos.
Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que creem o clarão da vossa luz, santificai este novo fogo. Concedei que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa da luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Ass: Amém.

10. Se, considerando a sensibilidade do povo, parecer oportuno realçar por meio de alguns símbolos a dignidade e significação do círio pascal, pode-se proceder do seguinte modo:

Terminada a bênção do fogo novo, o acólito ou um dos ministros traz o círio pascal ao sacerdote, que grava no mesmo uma cruz com o estilete. Em seguida, traça no alto da cruz a letra grega Alfa, embaixo a letra Ômega, e, entre os braços da cruz, os quatro algarismos que designam o ano em curso, enquanto diz o seguinte:

1. Cristo ontem e hoje (faz a incisão da haste vertical);
2. Princípio e Fim (faz a incisão da haste horizontal);
3. Alfa (faz a incisão da letra Alfa no alto da haste vertical);
4. e Ômega. (faz a incisão da letra Ômega embaixo da haste vertical);
5. A ele o tempo (faz a incisão do primeiro algarismo do ano em curso sobre o ângulo esquerdo superior da cruz);
6. e a eternidade (faz a incisão do segundo algarismo do ano em curso sobre o ângulo direito superior);
7. a glória e o poder (faz a incisão do terceiro algarismo do ano em curso no ângulo esquerdo inferior);
8. pelos séculos sem fim. Amém. (faz a incisão do quarto algarismo do ano em curso no 
ângulo direito inferior);



11. Feita a incisão da cruz e dos outros sinais, o sacerdote pode aplicar no círio cinco grãos de incenso, formando uma cruz e dizendo: 
1. Por suas santas chagas,
2. suas chagas gloriosas
3. o Cristo Senhor
4. nos proteja
5. e nos guarde. Amém. 



12. O sacerdote acende o círio pascal com o fogo novo, dizendo:
Pres: A luz do Cristo que ressuscita resplandecente dissipe as trevas de nosso coração e nossa mente.

Segundo as circunstâncias pastorais, os elementos anteriores poderão ser usados todos ou parcialmente. As Conferências Episcopais podem também estabelecer outras formas, mais adaptadas à índole do povo.


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13. Onde, por qualquer dificuldade, não se possa acender uma fogueira, a bênção do fogo seja adaptada às circunstâncias. Estando o povo reunido, como de costume, no interior da igreja, o sacerdote dirige-se à porta com os ministros, trazendo um deles o círio pascal. O povo, tanto quanto possível, volta-se para o sacerdote. Procede-se como antes prescrito.

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Procissão

14. O diácono (ou,na falta dele, o sacerdote) toma o círio e o ergue por algum tempo, cantando:
Eis a luz de Cristo! 
E todos respondem:
Ass: Demos graças a Deus!

Todos se dirigem para a igreja, precedidos pelo diácono com o círio pascal. Se for usado incenso (extremamente recomendado), o turiferário com o turíbulo aceso vai à frente do diácono.

15. À porta da igreja, 0 diácono para e, erguendo o círio canta de novo:
Eis a luz de Cristo!
E todos respondem:
Ass: Demos graças a Deus!

16. O diácono, ao chegar diante do altar, volta-se para o povo e canta pela terceira vez:
Eis a luz de Cristo!
E todos respondem:
Ass: Demos graças a Deus!


Ascendem-se então todas as luzes da igreja. 
Em alguns lugares há o belo costume de deixar as luzes apagadas até o final da Proclamação da Páscoa, ou ainda, até o Hino de Louvor, pode-se conservar sim esse costume.

Proclamação da Páscoa

17. Chegando ao altar, o sacerdote vai para a sua cadeira. O diácono coloca o círio pascal no candelabro no centro do presbitério ou junto ao ambão. Depois de colocado o incenso se for o caso, o diácono, como para o Evangelho da Missa, pede a bênção ao sacerdote, que diz em voz baixa:
Que o Senhor esteja em teu coração e em teus lábios, para que possas proclamar dignamente a sua Páscoa: em nome do Pai e do + Filho e do Espírito Santo.

Omitem-se esta bênção se a proclamação da Páscoa não for feita por um diácono.
O diácono, ou, na falta dele, o sacerdote, incensa, se for o caso, o livro e o círio. Faz a proclamação da Páscoa, do ambão, ou no púlpito, estando todos de pé e com as velas acesas.
Esta proclamação, se necessário, poderá ser feita por cantor que não seja diácono, que omitirá as palavras E vós, que estais aqui até o fim do convite, como também a saudação O Senhor esteja convosco.
A proclamação da Páscoa poderá ser cantada segundo a forma mais breve. As Conferências Episcopais poderão adaptar o texto da proclamação, acrescentando-lhe aclamações por parte do povo.

18. Exulte o céu, e os Anjos triunfantes, 
mensageiros de Deus, desçam cantando; 
façam soar trombetas fulgurantes, 
a vitória de um Rei anunciando. 

Alegre-se também a terra amiga, 
que em meio a tantas luzes resplandece; 
e, vendo dissipar-se a treva antiga, 
ao sol do eterno rei brilha e se aquece. 

Que a mãe Igreja alegre-se igualmente,  
erguendo as velas deste fogo novo, 
e escute, reboando de repente, 
o Aleluia cantado pelo povo. 

(E vós, que estais aqui, irmãos queridos, 
em torno desta chama reluzente,
erguei os corações, e assim unidos 
invoquemos a Deus onipotente.

Ele, que por seus dons nada reclama, 
quis que entre os seus levitas me encontrasse: 
para cantar a glória desta chama, 
de sua luz um raio me traspasse! )

Diác: O Senhor esteja convosco. 
Ass: Ele está no meio de nós.
Diác: Corações ao alto. 
Ass: O nosso coração está em Deus. 
Diác: Demos graças ao Senhor, nosso Deus. 
Ass: É nosso dever e nossa salvação. 

Sim, verdadeiramente é bom e justo 
cantar ao Pai de todo o coração, 
e celebrar seu Filho Jesus Cristo, 
tornado para nós um novo Adão. 

Foi ele quem pagou do outro a culpa, 
quando por nós à morte se entregou: 
para apagar o antigo documento 
na cruz todo o seu sangue derramou. 

Pois eis agora a Páscoa, nossa festa, 
em que o real Cordeiro se imolou: 
marcando nossas portas, nossas almas, 
com seu divino sangue nos salvou. 

Esta é, Senhor, a noite em que do Egito 
retirastes os filhos de Israel, 
transpondo o mar Vermelho a pé enxuto, 
rumo à terra onde correm leite e mel. 

Ó noite em que a coluna luminosa 
as trevas do pecado dissipou, 
e aos que creem no Cristo em toda a terra 
em novo povo eleito congregou! 

Ó noite em que Jesus rompeu o inferno, 
ao ressurgir da morte vencedor: 
de que nos valeria ter nascido, 
se não nos resgatasse em seu amor? 

Ó Deus, quão estupenda caridade 
vemos no vosso gesto fulgurar:  
não hesitais em dar o próprio Filho,
para a culpa dos servos resgatar. 

Ó pecado de Adão indispensável, 
pois o Cristo o dissolve em seu amor; 
ó culpa tão feliz que há merecido 
a graça de um tão grande Redentor! 

Só tu, noite feliz, soubeste a hora 
em que o Cristo da morte ressurgia; 
e é por isso que de ti foi escrito: 
A noite será luz para o meu dia! 

Pois esta noite lava todo crime, 
liberta o pecador dos seus grilhões; 
dissipa o ódio e dobra os poderosos, 
enche de luz e paz os corações. 

Ó noite de alegria verdadeira, 
que prostra o Faraó e ergue os hebreus, 
que une de novo ao céu a terra inteira, 
pondo na treva humana a luz de Deus. 

Na graça desta noite o vosso povo 
acende um sacrifício de louvor; 
acolhei, ó Pai santo, o fogo novo: 
não perde, ao dividir-se, o seu fulgor. 

Cera virgem de abelha generosa 
ao Cristo ressurgido trouxe a luz: 
eis de novo a coluna luminosa, 
que o vosso povo para o céu conduz. 

O círio que acendeu as nossas velas 
possa esta noite toda fulgurar; 
misture sua luz à das estrelas, 
cintile quando o dia despontar. 

Que ele possa agradar-vos como o Filho,
que triunfou da morte e vence o mal: 
Deus, que a todos acende no seu brilho, 
e um dia voltará, sol triunfal. 

Ass: Amém.

Segunda parte

Liturgia da Palavra

20. Nesta vigília, mãe de todas as vigílias, propõem-se nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do Novo (Epístola e Evangelho).

21. Por razões de ordem pastoral, pode-se diminuir o número de leituras do Antigo Testamento, tendo-se porém em conta que a leitura da Palavra de Deus é o principal elemento desta vigília. Leiam-se pelo menos três leituras do Antigo Testamento, ou, em casos especiais, ao menos duas. A leitura do Êxodo, cap. 14, nunca pode ser omitida.

22. Apagando as velas, sentam-se todos. E antes de começarem as leituras, o sacerdote dirige-se ao povo com estas palavras ou outras semelhantes:

Pres: Meus irmãos e minhas irmãs, tendo iniciado solenemente esta vigília, ouçamos no recolhimento desta noite a Palavra de Deus. Vejamos como ele salvou outrora o seu povo e nestes últimos tempos enviou seu Filho como Redentor. Peçamos que o nosso Deus leve à plenitude a salvação inaugurada na Páscoa.

23. Seguem-se as leituras. O leitor dirige-se ao ambão, onde faz a primeira leitura. Em seguida, o salmista ou cantor diz o salmo, ao qual o povo se associa pelo refrão. Depois todos se levantam e o sacerdote diz: Oremos. Após um momento de silêncio, diz a oração. Repete-se isso em todas as leituras.

Primeira Leitura

Leitura do Livro do Gênesis 

No princípio Deus criou o céu e a terra. Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais de toda a terra, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra.” E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra.” E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra, e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento.” E assim se fez.E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia. Palavra do Senhor. 
Ass: Graças a Deus.

Salmo 103 (104)
Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai. 

Bendize, ó minha alma, ao Senhor! 
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! 
De majestade e esplendor vos revestis 
e de luz vos envolveis como num manto. 

A terra vós firmastes em suas bases, 
ficará firme pelos séculos sem fim; 
os mares a cobriam como um manto, 
e as águas envolviam as montanhas. 

Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes 
que passam serpeando entre as montanhas;
às suas margens vêm morar os passarinhos, 
entre os ramos eles erguem o seu canto. 

De vossa casa as montanhas irrigais, 
com vossos frutos saciais a terra inteira; 
fazeis crescer os verdes pastos para o gado 
e as plantas que são úteis para o homem. 

Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, 
e que sabedoria em todas elas! 
Encheu-se a terra com as vossas criaturas! 
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

Oração
24. Pres: Oremos.
Deus eterno e todo-poderoso, que dispondes de modo admirável todas as vossas obras, dai aos que foram resgatados pelo vosso Filho a graça de compreender que o sacrifício do Cristo, nossa Páscoa, na plenitude dos tempos, ultrapassa em grandeza a criação do mundo realizada no princípio. Por Cristo, nosso Senhor.

Ass: Amém.

Segunda Leitura

Leitura do Livro do Êxodo 

Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha. Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar. De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam atrás deles, e eu seja glorificado às custas do Faraó e de todo o seu exército, dos seus carros e cavaleiros. E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do Faraó, dos seus carros e cavaleiros.” Então, o anjo do Senhor, que caminhava à frente do acampamento dos filhos de Israel, mudou de posição e foi para trás deles; e com ele, ao mesmo tempo, a coluna de nuvem, que estava na frente, colocou-se atrás, inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o acampamento dos filhos de Israel. Para aqueles a nuvem era tenebrosa, para estes, iluminava a noite. Assim, durante a noite inteira, uns não puderam aproximar- -se dos outros. Moisés estendeu a mão sobre o mar, e durante toda a noite o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito for- te; e as águas se dividiram. Então, os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam como que uma muralha à direita e à esquerda. Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos do Faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro. Ora, de madrugada, o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem, sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. Bloqueou as rodas dos seus carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. Disseram, então, os egípcios: “Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós.” O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem contra os egípcios, seus carros e cavaleiros.” Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga, corriam ao encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no meio das ondas. As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinha entrado no mar em perseguição a Israel. Não escapou um só. Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e à esquerda. Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar, e a mão poderosa do Senhor agir contra eles. O povo temeu o Senhor, e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo. Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico: 

Responsorial Ex 15

Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória! 

Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória: 
precipitou no mar Vermelho o cavalo e o cavaleiro! 
O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar,
 pois foi ele neste dia para mim libertação! 

Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai, e o honrarei. 
O Senhor é um Deus guerreiro, o seu nome é “Onipotente”: 
os soldados e os carros do Faraó jogou no mar, 
seus melhores capitães afogou no mar Vermelho. 

Afundaram como pedras e as ondas os cobriram. 
Ó Senhor, o vosso braço é duma força insuperável! 
Ó Senhor, o vosso braço esmigalhou os inimigos! 

Vosso povo levareis e o plantareis em vosso Monte, 
no lugar que preparastes para a vossa habitação, 
no Santuário construído pelas vossas próprias mãos.  
O Senhor há de reinar eternamente, pelos séculos!

31. Após a oração e o responsório da última leitura do Antigo Testamento, acendem-se as velas do altar e o sacerdote entoa o hino Glória a Deus nas alturas, que todos cantam, enquanto se tocam os sinos, segundo o costume do lugar. 
Onde for costume, neste momento colocam-se as flores, as toalhas, e descobrem-se os santos.

Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por Ele amados. Senhor Deus, Rei dos Céus, Deus Pai Todo-Poderoso, nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças, por Vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai: Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós; Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica; Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só Vós sois o Santo; só Vós, o Senhor; só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo; com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém!


32. Terminado o hino, o sacerdote diz a oração do dia como de costume.

Oração Coleta
Pres: Oremos.
Ó Deus, que iluminais esta noite santa com a glória da ressurreição do Senhor, despertai na vossa Igreja o espírito filial para que, inteiramente renovados, vos sirvamos de todo o coração. P nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ass: Amém.

33. O leitor lê a epístola.

Epístola

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
Irmãos: Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova. Pois, se fomos de certo modo identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição. Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado. Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. Se, pois, morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. Assim, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo. Palavra do Senhor.

Ass: Graças a Deus.


34. Terminada a epístola, todos se levantam e o sacerdote entoa solenemente o Aleluia, que todos repetem. Em seguida, o salmista ou o cantor diz o salmo, ao qual o povo responde com o Aleluia. Se for necessário, o próprio salmista entoa o Aleluia.

Pres: Aleluia!
Ass: Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Pres: Aleluia!
Ass: Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Pres: Aleluia!
Ass: Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
Eterna é a sua misericórdia!                           
A casa de Israel agora o diga:
"Eterna é a sua misericórdia!"

Ass: Aleluia! Aleluia! Aleluia!

A mão direita do Senhor fez maravilhas,
A mão direita do Senhor me levantou,
A mão direita do Senhor fez maravilhas!
Não morrerei, mas ao contrário, viverei
Para cantar as grandes obras do Senhor!

Ass: Aleluia! Aleluia! Aleluia!

A pedra que os pedreiros rejeitaram
Tornou-se agora a pedra angular.
Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:

Que maravilhas ele fez a nossos olhos!

Ass: Aleluia! Aleluia! Aleluia!

35. Ao Evangelho não se levam velas, mas só incenso, quando se usar.

Diác: O Senhor esteja convosco.
Ass: Ele está no meio de nós. 

Diác: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Ass: Glória a vós, Senhor. 

Diác: Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. De repente, houve um grande tremor de terra: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, retirou a pedra e sentou-se nela. Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. Os guardas ficaram com tanto medo do anjo, que tremeram, e ficaram como mortos. Então o anjo disse às mulheres: “Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava. Ide depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós o vereis. É o que tenho a dizer-vos.” As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão.” Palavra da Salvação.

Ass: Glória a vós, Senhor.

36. Após o Evangelho, faz-se a homilia e procede-se à liturgia batismal.

Terceira parte

Liturgia Batismal


37. O sacerdote e os ministros dirigem-se ao batistério, se este pode ser visto pelos fiéis. Caso contrário, coloca-se o recipiente com água no próprio presbitério.

Pres: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos sobre estas águas a graça de Deus Pai onipotente, para que em Cristo sejam reunidos aos filhos adotivos aqueles que renascerem pelo batismo.

39. Dois cantores entoam a ladainha, à qual todos respondem de pé (por ser tempo pascal).

40. Se não houver batismo nem bênção de água batismal, omite-se a ladainha e procede-se logo à bênção da água (n.45).

41. Podem-se acrescentar alguns nomes à lista dos santos, sobretudo os padroeiros da igreja, do lugar e dos catecúmenos.

Onde for costume, o sacerdote pode depor a casula e revestir-se de pluvial.
Senhor, tende piedade de nós.

Ass: Senhor, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós.
Ass: Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Ass: Senhor, tende piedade de nós.

Santa Maria, mãe de Deus.

Ass: Rogai p nós.

São Miguel e Santos Anjos de Deus.

Ass: Rogai p nós.

São João Batista e São José.

Ass: Rogai p nós.

São Pedro e São Paulo.
Ass: Rogai p nós.

Santo André e São Tiago Maior.

Ass: Rogai p nós.

São João e São Tomé.

Ass: Rogai p nós.

São Tiago Menor e São Filipe.

Ass: Rogai p nós.

São Bartolomeu e São Mateus.

Ass: Rogai p nós.

São Simão e São Tadeu.

Ass: Rogai p nós.

São Matias e Santa Maria Madalena.

Ass: Rogai p nós.

Santo Estevão e São Lourenço.

Ass: Rogai p nós.

Santa Perpetua e Santa Felicidade.

Ass: Rogai p nós.

Santo Agostinho e São Gregório.

Ass: Rogai p nós.

Santo Atanásio e São Basílio.

Ass: Rogai p nós.

São Martinho e São Bento.

Ass: Rogai p nós.

São Francisco e São Domingos.

Ass: Rogai p nós.

São Francisco Xavier e São João Maria Vianney.

Ass: Rogai p nós.

Santa Catarina e Santa Teresa de Jesus.

Ass: Rogai p nós.

Todos os Santos e Santas de Deus.

Ass: Rogai p nós.

Sede-nos Propício.

Ass: Ouvi-nos, Senhor.

Para que nos livreis de todo mal.
Ass: Ouvi-nos, Senhor.

Para que nos livreis de todo pecado.
Ass: Ouvi-nos, Senhor.

Para que nos livreis da morte eterna.

Ass: Ouvi-nos, Senhor.

Pela Vossa encarnação.
Ass: Ouvi-nos, Senhor.

Pela vossa morte e ressurreição.
Ass: Ouvi-nos, Senhor.

Pela efusão do Espírito Santo.

Ass: Ouvi-nos, Senhor.

Apesar de nossos pecados.
Ass: Ouvi-nos, Senhor.

Para que santifiqueis com a vossa graça esta água, onde renascerão os vossos filhos.

Ass: Ouvi-nos, Senhor.


Jesus, Filho do Deus vivo.

Ass: Ouvi-nos, Senhor.

Cristo, ouvi-nos.

Ass: Cristo, ouvi-nos.

Cristo, atendei-nos.

Ass: Cristo, atendei-nos.


Bênção da água batismal

42. O sacerdote, de mãos unidas, diz a seguinte oração:

Pres: Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos, realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer-nos conhecer a graça do batismo. Já na origem do mundo, vosso espírito pairava sobre as águas para que elas concebessem a força de santificar. Nas próprias águas do dilúvio prefigurastes o nascimento da nova humanidade, de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade. Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o mar Vermelho a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do batismo. Vosso Filho, ao ser batizado nas águas do Jordão, foi ungido pelo Espírito Santo. Pendente da cruz, do seu coração aberto pela lança fez correr sangue e água. Após sua ressurreição, ordenou aos apóstolos: “Ide, fazei meus discípulos todos os povos, e batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” Olhai agora, ó Pai, a vossa Igreja, e fazei brotar para ela a água do batismo. Que o Espírito Santo dê, por esta água, a graça do Cristo, a fim de que o ser humano, criado à vossa imagem, seja lavado da antiga culpa pelo batismo e renasça pela água e pelo Espírito Santo para uma vida nova.

O sacerdote, se for oportuno, mergulha o Círio na água uma ou três vezes, dizendo:

Nós vos pedimos, ó Pai, que por vosso Filho desça sobre toda esta água a força do Espírito Santo. 

E, mantendo o círio na água, continua:

E todos os que, pelo batismo, forem sepultados na morte com Cristo, ressuscitem com ele para a vida. Por Cristo, nosso Senhor. 

Ass: Amém. 

43. O sacerdote retira o Círio da água, enquanto o povo aclama:

Ass: Fontes do Senhor, bendizei o Senhor! Louvai-o e exaltai-o para sempre!

______________________________________________________________
45. Se não houver batismo nem bênção de água batismal, o sacerdote benze a água para a aspersão do povo com a seguinte oração:

Pres: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos o Senhor nosso Deus para que se digne abençoar esta água, que vai ser aspergida sobre nós, recordando o nosso batismo. Que ele se digne renovar-nos, para que permaneçamos fiéis ao Espírito que recebemos.

E, após um momento de silêncio, prossegue de mãos unidas:

Senhor nosso Deus, velai sobre o vosso povo e nesta noite santa em que celebramos a maravilha da nossa criação e a maravilha ainda maior da nossa redenção, dignai-vos abençoar esta água. Fostes vós que a criastes para fecundar a terra, para lavar nossos corpos e refazer nossas forças. Também a fizestes instrumento da vossa misericórdia: por ela libertastes o vosso povo do cativeiro e aplacastes no deserto a sua sede; por ela os profetas anunciaram a vossa aliança que era vosso desejo concluir com a humanidade; por ela finalmente, consagrada pelo Cristo no Jordão, renovastes, pelo banho do novo nascimento, a nossa natureza pecadora. Que esta água seja para nós uma recordação do nosso batismo e nos faça participar da alegria dos que foram batizados na Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor. 
Ass: Amém. 
______________________________________________________________

Renovação das promessas do batismo

38. Após a bênção da água, todos, de pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo. O sacerdote dirige-se aos fiéis com estas palavras ou outras semelhantes:

Pres: Meus irmãos e minhas irmãs, pelo mistério pascal fomos no batismo sepultados com Cristo para vivermos com ele uma vida nova. Por isso, terminados os exercícios da Quaresma, renovemos as promessas do nosso batismo, pelas quais já renunciamos a Satanás e suas obras, e prometemos servir a Deus na Santa Igreja Católica. Portanto: 

Pres: Para viver na liberdade dos filhos de Deus, renunciais ao pecado? 
Ass: Renuncio. 

Pres: Para viver como irmãos e irmãs, renunciais a tudo o que vos possa desunir, para que o pecado não domine sobre vós? 
Ass: Renuncio. 

Pres: Para seguir Jesus Cristo, renunciais ao demônio, autor e princípio do pecado?
Ass: Renuncio. 

Em seguida, o sacerdote prossegue:
Pres: Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra? 
Ass: Creio.

Pres: Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu? 
Ass: Creio.

Pres: Credes no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?
Ass: Creio. 

Pres: O Deus todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos concedeu o perdão de todo pecado, guarde-nos em sua graça para a vida eterna, no Cristo Jesus, nosso Senhor.
Ass: Creio.

47. O sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam:

Antífona:
Vi a água saindo do lado direito do templo, aleluia!
E a todos a quem chega esta água recebem a salvação e proclamam: 
aleluia, aleluia!

Ou outro canto referente ao batismo.

48. Se a bênção da água batismal não foi feita no batistério, os ministros transportam-na ao batistério com reverência.

Quarta Parte

Liturgia Eucarística

50. O sacerdote vai ao altar e começa a liturgia eucarística como de costume.

51. Convém que o pão e o vinho sejam apresentados pelos neobatizados.

O sacerdote, de pé, toma a patena com o pão e, elevando-a um pouco sobre o altar, reza em silêncio:
Bendito sejais, senhor, Deus do Universo, pelo pão que recebemos da Vossa bondade, fruto da terra e do trabalho humano: que agora Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Pão da vida.
Em seguida, coloca a patena com o pão sobre o corporal. O diácono ou o sacerdote derrama vinho e um pouco d´água no cálice, rezando em silêncio:
Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.
Em seguida, o sacerdote toma o cálice e, elevando-o um pouco sobre o altar, reza em silêncio:
Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos da Vossa bondade, fruto da videira e do trabalho humano: que agora Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Vinho da Salvação.
Coloca o cálice sobre o corporal.
O sacerdote, inclinado, reza em silêncio:
De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus.
Se fo oportuno, incensa as oferendas e o altar. Depois o diácono ou o ministro incensa o sacerdote e o povo.
O sacerdote, de pé, ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio:
Lavai-me, Senhor, de minhas faltas e purificai-me de meus pecados.

No meio do altar e voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, o sacerdote diz:

Pres: Orai, irmãos e irmãs, para que levando ao altar  as alegrias e fadigas de cada dia, nos disponhamos a oferecer um sacrifício aceito por Deus Pai todo-poderoso.
Ass: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.

Em seguida, abrindo os braços, o sacerdote reza a oração sobre as oferendas;
53. Pres: Acolhei, ó Deus, com estas oferendas as preces do vosso povo, para que a nova vida, que brota do mistério pascal, seja por vossa graça penhor da eternidade. Por Cristo, nosso Senhor
Ass: Amém.

53. Prefácio da Páscoa I, nesta noite, p.421
Começando a Oração Eucarística, o sacerdote abre os braços e diz:
Pres: O Senhor esteja convosco.
Ass: Ele está no meio de nós.
Erguendo as mãos, o sacerdote prossegue:
Pres: Corações ao alto.
Ass: O nosso coração está em Deus.
O sacerdote, com os braços abertos, acrescenta:
Pres: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
Ass: É nosso dever e nossa salvação.

O sacerdote, de braços abertos, continua o prefácio.
Pres:  Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, mas sobretudo nesta noite em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. Ele é o verdadeiro Cordeiro, que tira o pecado do mundo. Morrendo, destruiu a morte, e, ressurgindo, deu-nos a vida. Transbordando de alegria pascal, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, para celebrar a vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz:

Ao final, une as mãos, e com o povo, canta ou diz em voz alta:
Ass: Santo, Santo, Santo,  Senhor, Deus do Universo!
O Céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas!
Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!

Recomenda-se fortemente a Oração Eucarística I, por ter partes próprias para esta missa. Permite-se, contudo, por fortes razões pastorais, a Oração Eucarística III ou ainda a II.

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres: Pai de misericórdia, a quem sobem nossos louvores, nós vos pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso,
une as mãos e traça o sinal da cruz sobre o pão e o cálice ao mesmo tempo, dizendo:
que abençoeis + estas oferendas apresentadas ao vosso altar.
Ass: Abençoai nossa oferenda, ó Senhor!

O sacerdote, de braços abertos, prossegue:
Nós as oferecemos pela vossa Igreja santa e católica: concedei-lhe paz e proteção, unindo-a num só corpo e governando-a por toda a terra. Nós as oferecemos também pelo vosso servo o Papa N., por nosso Bispo N., e por todos os que guardam a fé que receberam dos apóstolos.
O povo aclama:
Ass: Conservai a vossa Igreja sempre unida!

Memento dos vivos
1C:  Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas N.N.
une as mãos e reza em silêncio.
De braços abertos, prossegue:
e de todos os que circundam este altar, dos quais conheceis a fidelidade e a dedicação em vos servir. Eles vos oferecem conosco este sacrifício de louvor por si e por todos os seus, e elevam a vós as suas preces para alcançar o perdão de suas faltas, a segurança em suas vidas e a salvação que esperam.
Ass: Lembrai-vos, ó Pai, de vossos filhos!

Infra actionem
2C:  Em comunhão com toda a Igreja celebramos a noite santa da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Veneramos também a Virgem Maria e seu esposo São José, os santos Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, (Tiago e João, Tomé, Tiago e Filipe, Bartolomeu e Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Sisto, Cornélio e Cipriano, Lourenço e Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião), e todos os vossos santos. (Por Cristo, Senhor nosso. Amém)
Ass: Em comunhão com toda Igreja aqui estamos!

 O sacerdote, com os braços abertos, continua:
Pres: Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda dos vossos servos e de toda a vossa família. Nós a oferecemos também por aqueles que fizestes renascer pela água e pelo Espírito Santo, dando-lhes o perdão de todos os pecados. Dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da condenação eterna e acolhei-nos entre os vossos eleitos. (Por Cristo, Senhor nosso. Amém).
Estendendo as mãos sobre as oferendas, diz:
Dignai-vos, ó Pai, aceitar e santificar estas oferendas, a fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso.
Ass: Santificai nossa oferenda, ó Senhor!

O sacerdote une as mãos.
Nas fórmulas que se seguem, as palavras do Senhor sejam proferidas de modo claro e audível, como requer a sua natureza.
Pres: Na noite em que ia ser entregue, 
toma o pão, mantendo-o um pouco elevado sobre o altar,inclina-se levemente, e prossegue:
ele tomou o pão em suas mãos,
eleva os olhos
elevou os olhos a vós, ó Pai, deu graças e o partiu e deu a seus discípulos.
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena, fazendo gunuflexão para adorá-la.

Então prossegue:
Do mesmo modo, ao fim da ceia,
toma o cálice nas mãos, mantendo-o um pouco elevado sobre o altar, inclina-se levemente, e prossegue:
ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos.
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e faz genuflexão para adorá-lo.

Em seguida, diz:
Eis o mistério da fé!
Ass: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres: Celebrando, pois, a memória da paixão do vosso Filho, da sua ressurreição dentre os mortos e gloriosa ascensão aos céus, nós, vossos servos, e também vosso povo santo, vos oferecemos, ó Pai, dentre os bens que nos destes, o sacrifício perfeito e santo, o pão da vida eterna e cálice da salvação.
Ass: Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!

 Prossegue, de braços abertos:
Recebei, ó Pai, esta oferenda, como recebestes a oferta de Abel, o sacrifício de Abraão e os dons de Melquisedeque.
Une as mãos e inclina-se, dizendo:
Nós vos suplicamos que ela seja levada à vossa presença, para que, ao participarmos deste altar, recebendo o Corpo e o Sangue de vosso Filho,
ergue-se e faz sobre si o sinal da cruz, dizendo:
sejamos repletos de todas as graças e bênçãos do céu.
Une as mãos.
(Por Cristo, Senhor nosso. Amém.)
Ass: Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!

Memento dos defuntos.
O sacerdote, de braços abertos, diz:
 3C:  Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas N. N. que partiram desta vida, marcados com o sinal da fé.
Une as mãos e reza em silêncio.
De braços abertos, prossegue:
A eles, e a todos os que adormeceram no Cristo, concedei a felicidade, a luz e a paz.
Une as mãos.
(Por Cristo, Senhor nosso. Amém)
Ass: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!

 Bate no peito, dizendo:
4C : E a todos nós pecadores,
de braços abertos, prossegue:
que confiamos na vossa imensa misericórdia, concedei, não por nossos méritos, mas por vossa bondade, o convívio dos Apóstolos e Mártires: João Batista e Estêvão, Matias e Barnabé (Inácio, Alexandre, Marcelino e Pedro; Felicidade e Perpétua, Águeda e Luzia, Inês, Cecília, Anastácia) e todos os vossos santos.
Une as mãos.
Por Cristo, Senhor nosso.
Ass: Concedei-nos o convívio dos eleitos!

Pres: Por ele não cessais de criar e santificar estes bens e distribuí-los entre nós.
 Ergue o cálice e a patena com a hóstia, dizendo:
Pres: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre.
Ass: Amém!

Rito da Comunhão

Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote diz unindo as mãos:
Pres: Antes de participar do banquete da Eucaristia, sinal de reconciliação e vínculo de união fraterna, rezemos, juntos, como o Senhor nos ensinou:
O sacerdote abre os braços e prossegue com o povo:
Ass: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade,  assim na terra como no céu;  o pão nosso de cada dia nos daí hoje,  perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:
Pres: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo salvador.
O sacerdote une as mãos. O povo conclui a oração aclamando:
Ass: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:
Pres: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
O povo responde:
Ass: Amém.

O sacerdote, estendendo e unindo as mãos, acrescenta:
Pres: A paz do Senhor esteja sempre convosco.
O povo responde:
Ass: O amor de Cristo nos uniu.

Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio:
Pres: Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor nosso, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna.

Enquanto isso, canta-se ou recita-se:
Ass: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Essas palavras podem ser repetidas várias vezes, se a fração do pão se prolonga. Contudo, na última vez se diz: dai-nos a paz.

O sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio:
Pres: Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que cumprindo a vontade do Pai e agindo com o Espírito Santo,pela vossa morte destes vida ao mundo, livrai-me dos meus pecados e de todo mal; pelo vosso Corpo e pelo vosso Sangue, dai-me cumprir sempre a vossa vontade e jamais separar-me de vós.

54. Antífona da Comunhão
Pres: O Cristo, nossa Páscoa, foi imolado; celebramos a festa com o pão sem fermento, o pão da retidão e da verdade, aleluia!

O sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia, elevando-a sobre a patena, diz em voz alta, voltado para o povo:
Felizes os convidados para o Banquete nupcial do Cordeiro.
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E acrescenta, com o povo, uma só vez:
Ass: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

Comunhão
Enquanto o sacerdote comunga do Corpo de Cristo, inicia-se o canto da comunhão.
O sacerdote, voltado para o altar, reza em silêncio:
Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.
Comunga o Corpo de Cristo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio:
Que o Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna.
Comunga o Sangue de Cristo.
Toma a patena ou o cibório e, mostrando a hóstia um pouco elevada aos que vão comungar e diz a cada um:
O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
Amém.
O diácono, ao distribuir a sagrada comunhão, procede do mesmo modo.
Terminada a comunhão, o sacerdote, o diácono ou acólito purifica a patena e o cálice.
Enquanto se faz a purificação, o sacerdote reza em silêncio:
Fazei, Senhor,que conservemos num coração puro o que a nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal e transforme para nós em remédio eterno.
O sacerdote pode voltar a cadeira. É aconselhável guardar um momento de silêncio ou recitar algum salmo ou canto de louvor.

55. Oração depois da Comunhão
De pé, junto à cadeira ou ao altar, o sacerdote diz:
Pres: Oremos.
E todos, com o sacerdote, rezam algum tempo de silêncio, se ainda não o fizeram. Em seguida o sacerdote abrindo os braços diz a oração:
Saciados pelo vosso sacramento, nós vos pedimos, ó Deus: como pela morte do vosso Filho nos destes esperar o que cremos, dai-nos pela sua ressurreição alcançar o que buscamos. Por Cristo, nosso Senhor
O povo aclama:
Ass: Amém.

Se for necessário, façam-se breves comunicações ao povo.

Benção Solene 
O sacerdote abrindo os braços, saúda o povo:
Pres: O Senhor esteja convosco.
O povo responde:
Ass: Ele está no meio de nós.
O sacerdote diz:
Inclinai-vos para receber a bênção.

Em seguida, o sacerdote, com as mãos estendidas sobre o povo, diz a oração:
Pres: Nesta noite solene da Páscoa, Deus todo-poderoso vos dê a sua bênção e em sua misericórdia vos guarde de todo o pecado.
Ass: Amém.

Pres: Deus, que pela ressurreição do seu Filho Unigênito vos renovou para a vida eterna, vos conceda a glória da imortalidade.
Ass: Amém.

Pres: A vós que, terminados os dias da paixão do Senhor, celebrais com alegria a festa da Páscoa, Deus vos conceda a graça de chegar um dia às alegrias da Páscoa eterna.
Ass: Amém.

O sacerdote abençoa o povo, dizendo:
Pres: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.
Ass: Amém.

56. À despedida, o diácono, ou o próprio sacerdote diz unindo as mãos:
Ide em paz e o Senhor vos acompanhe, aleluia, aleluia!
O povo responde:
Ass: Graças a Deus, aleluia, aleluia!

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