Domingo de Ramos



SEMANA SANTA

DOMINGO DE RAMOS
DA PAIXÃO DO SENHOR
1. Neste dia a Igreja recorda a entrada do Cristo em Jerusalém para realizar seu mistério pascal. Por isso, em todas as missas comemora-se a entrada do Senhor: na missa principal, pela procissão ou pela entrada solene; em todas as outras, pela entrada simples. Em uma ou outra Missa celebrada com grande número de fiéis, pode-se repetir a entrada solene, mas não a procissão.

Comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém
Primeira forma: procissão.

2. Na hora conveniente, reúne-se a assembléia numa igreja menor ou outro lugar apropriado, fora da igreja para onde se dirige a procissão. Os fiéis trazem ramos nas mãos.
3. O sacerdote e os ministros, com paramentos vermelhos para a missa, aproximam-se do lugar onde o povo está reunido. O sacerdote poderá usar capa em vez de casula durante a procissão.
4. Enquanto se aproximam, canta-se a seguinte antífona ou outro canto apropriado:

Antífona
Saudemos com hosanas o Filho de Davi! Bendito o que nos vem em nome do Senhor!  Jesus, rei de Israel, hosana nas alturas!
5. O sacerdote saúda o povo como de costume (se for bispo, sem mitra).
Pres: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Ass: Amém.

Em seguida, por breve exortação, os fiéis são convidados a participar ativa e conscientemente da celebração deste dia, com estas palavras:
Pres: Meus irmãos e minhas irmãs: durante as cinco semanas da Quaresma preparamos os nossos corações pela oração, pela penitência e pela caridade. Hoje aqui nos reunimos e vamos iniciar, com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de nosso Senhor. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida.

6. O sacerdote, de mãos unidas, diz uma das orações seguintes:
Pres: Oremos.
Deus eterno e todo-poderoso, abençoai estes ramos, para que, seguindo com alegria o Cristo, nosso Rei, cheguemos por ele à eterna Jerusalém. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.

Ou:
Pres: Oremos.
Ó Deus de bondade, aumentai a fé dos que esperam em vós e ouvi as nossas preces. Apresentando hoje ao Cristo vencedor os nossos ramos possamos frutificar em boas obras. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.

De qualquer forma, o sacerdote, sem nada dizer, asperge os ramos com água benta.

7. O diácono, ou, na falta dele, o sacerdote, proclama, conforme o costume, o Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém, segundo um dos quatro evangelistas.

Ano A:
Diác: O Senhor esteja convosco.
Ass: Ele está no meio de nós.
Diác: + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus.
Ass: Glória a vós, Senhor.
Diác: Naquele tempo, Jesus e seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém e chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: “Ide até o povoado que está ali na frente, e logo encontrareis uma jumenta amarrada, e com ela um jumentinho. Desamarrai-a e trazei-os a mim! Se alguém vos disser alguma coisa, direis: ‘O Senhor precisa deles, mas logo os devolverá.’ Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta.” Então os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes havia mandado. Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram sobre eles suas vestes, e Jesus montou. A numerosa multidão estendeu suas vestes pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho.  As multidões que iam na frente de Jesus e os que o seguiam, gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!” Quando Jesus entrou em Jerusalém a cidade inteira se agitou, e diziam: “Quem é este homem?” E as multidões respondiam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia.”
Palavra da Salvação
Ass: Glória a vós, Senhor.

8. Após o Evangelho, poderá haver uma breve homilia. Se for bispo, o celebrante, coloca mitra. O celebrante ou outro ministro idoneo dá inicio a procissão com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres: Meus irmãos e minhas irmãs, imitando o povo que aclamou Jesus, comecemos com alegria a nossa procissão.
9. Inicia-se a procissão para a igreja onde será celebrada a Missa.
A frente, vai o turiferário, caso se julgue oportuno o uso de incenso; sem seguida, o cruciferário com a cruz ornamentada, entre dois acólitos com velas acesas; depois, o sacerdote com os ministros, seguidos pelo povo com seus ramos.
Durante a procissão, o coro e o povo entoam os seguintes cantos ou outros apropriados:
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Antífona
Salmo 23
Refrão: Os filhos dos hebreus,
Com ramos de palmeira,
Correram ao encontro
De Jesus, Nosso Senhor,
Cantando e gritando:
"Hosana, ó Salvador!" (bis)

1. O mundo
E tudo que tem nele é de Deus,
A terra e os que aí vivem, todos seus!
Foi Deus
Que a terra construiu por sobre os mares,
No fundo do oceano, seus pilares!

2. Quem vai
Morar no templo de sua cidade?...
Quem pensa e vive longe das vaidades!
Pois Deus,
O Salvador o abençoará,
No julgamento o defenderá!

3. Assim,
São todos os que prestam culto a Deus
Que adoram o Senhor, Deus dos hebreus!
Portões
Antigos, se escancarem, vai chegar,
Alerta! O Rei da glória vai entrar!

4. Quem é,
Quem é, então, quem é o
Rei da glória?
O Deus, forte Senhor da nossa história!
Portões
Antigos, se escancarem, vai chegar,
Alerta! O Rei da glória vai entrar!

5. Quem é,
Quem é, então, quem é o Rei da glória?
O Deus que tudo pode, é o Rei da glória!
Aos três,
Ao Pai, ao Filho e ao Confortador
Da Igreja que caminha o louvor!

Hino a Cristo Rei
Refrão: Glória, louvor e honra a ti,
Cristo Rei, Redentor!
Sobe a ti piedoso hosana,
dos pequenos o clamor!

1. De Israel Rei esperado,
De Davi ilustre filho,
O Senhor é que te envia,
Ouve, pois, nosso estribilho!

2. Todos juntos te celebram,
Quer na terra ou nas alturas,
Cantam todos teus louvores
Anjos, homens, criaturas!

3. Veio a ti o povo hebraico
Com seus ramos e suas palmas,
Também hoje, te trazemos
Nossos hino, nossas almas!

4. Festejaram tua entrada,
que ao Calvário conduzia,
mas agora que tu reinas,
bem maior é nossa alegria!

5. Agradam-te os seus hinos,
nossos hinos igualmente;
o que é bom tu sempre acolhes,
Rei bondoso, Rei clemente.

Outros cantos populares:
O amor é tua lei
Tu és o Rei dos Reis!
O Deus do Céu deu-te o Reino Força e Glória
E entregou em tuas mãos a nossa história
Tu és Rei e o amor é tua lei

1. Sou o primeiro e derradeiro, fui ungindo pelo amor
Vós sois meu povo, eu vosso Rei e Senhor Redentor

2. Vos levarei às grandes fontes, dor e fome não tereis!
Vós sois meu Povo, eu vosso Rei, junto a mim viverei!

Hosana Hei
Hosana hei Hosana ha
Hosana hei Hosana hei
Hosana ha
Ele é o Santo é o filho de Maria
Ele é o Deus de Israel
Ele é o Filho de Davi
Santo é o Seu nome
É o Senhor Deus do universo
Gloria Deus de israel
Nosso Rei e Salvador

Vamos a ele com as flores dos pinhais
Com os ramos de oliveira
Alegria e muita paz
Santo é o Seu nome
É o Senhor Deus do universo
Gloria Deus de Israel
Nosso Rei e Salvador

Ele é o Cristo é o Unificador
É Hosana nas alturas
É Hosana no amor
Santo é o Seu nome
É o Senhor Deus do universo
Gloria Deus de Israel
Nosso rei e salvador
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10. Ao entrar na igreja, canta-se o responsório seguinte, ou outro canto que se refira a entrada do Senhor em Jerusalém.
Ouvindo o povo que Jesus entrava,
logo o foi encontrar;
com ramos de palmeira, ao que chegava
puseram-se a saudar.
Os filhos dos hebreus Jesus saudavam
com suas vozes puras.
A vida ressurgida anunciavam:
Hosana nas alturas!
11. Chegando ao altar, o sacerdote o saúda e, se for oportuno o incensa. Dirige-se a cadeira (tira a capa e veste casula) e, omitindo os ritos iniciais, diz a oração do dia da missa, prosseguindo como de costume.
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Segunda forma: entrada solene
12. Onde não se possa realizar a procissão fora da Igreja, a entrada do Senhor será celebrada dentro da Igreja, pela entrada solene, antes da Missa principal.
13. Os fiéis reúnem-se a porta da igreja ou no seu interior, trazendo ramos nas mãos. O sacerdote, os ajudantes e uma delegação de fiéis dirigem-se para um ponto da igreja, fora do presbitério, de onde o rito possa ser visto pela maioria dos fiéis.
14. Enquanto o sacerdote se dirige ao lugar determinado, canta-se a antífona Saudemos com Hosanas ou outro canto apropriado. Realiza-se a benção dos ramos e a proclamação do Evangelho da entrada de Jesus em jerusalém, como acima (n. 5-7). Depois do Evangelho, o sacerdote, com os ministros e a delegação dos fiéis dirige-se processionalmente pela Igreja até o presbitério, enquanto se canta o responsório Ouvindo o povo que Jesus entrava (n.10), ou outro canto apropriado.
15. O sacerdote saúda o altar, dirige-se para a cadeira e, omitindo os ritos iniciais, diz a oração do dia da Missa, prosseguindo como de costume.

Terceira forma: entrada simples
16. Em todas as outras Missas deste domingo, nas quais não haja entrada solene, faz-se a memória da entrada do Senhor em Jerusalém pela entrada simples.
17. Enquanto o sacerdote se dirige para o altar, canta-se a antífona de entrada com o salmo (n.18) ou outro canto apropriado com o mesmo tema. Chegando ao altar, o sacerdote o saúda, dirige-se a cadeira e cuprimenta o povo (n.5), prosseguindo a missa como de costume.
Nas missas sem o povo e em outras Missas em que não se possa cantar a antífona da entrada, o celebrante saúda o altar, cumprimenta o povo, e após a recitação da antífona da entrada, prossegue a Missa como de costume.

18. Antífona da entrada
Seis dias antes da solene Páscoa, quando o Senhor veio a Jerusalém, correram até ele os pequeninos. Trazendo em suas mãos ramos e palmas, em alta voz cantavam em sua honra: Bendito és tu que vens com tanto amor! Hosana nas alturas!
Levantai, ó portas, os vossos dintéis! Levantai-vos, ó pórticos antigos, para que entre o Rei da glória!
Quem é este Rei da glória? É o Senhor dos exércitos! É ele o Rei da glória.

19. Onde não se possa celebrar a procissão nem a entrada solene (não possa ser celebrada a Missa) faça-se uma celebração da Palavra de Deus, sábado a tarde ou domingo a hora mais oportuna, tendo por tema a entrada do Messias e a paixão do Senhor.
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Missa
20. Após a procissão ou entrada solene, o sacerdote começa a Missa com a oração do dia.
21. Oração do dia
Pres: Oremos.
E todos oram em silencio, por algum tempo. Então o sacerdote, abrindo os braços reza a oração:
Deus eterno e todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com ele em sua glória. P. nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ass: Amém.

Dada a importância da leitura da Paixão do Senhor, compete ao sacerdote, tendo em conta a natureza de cada grupo de fiéis, a opção de ler apenas uma das duas leituras que precedem o Evangelho, ou apenas a história da Paixão, se for necessário, mesmo na forma breve.

Primeira Leitura
Leitura do Livro do Profeta Isaías
O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.
Palavra do Senhor
Ass: Graças a Deus.

Salmo Responsorial
Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
1. Riem de mim todos aqueles que me veem,  torcem os lábios e sacodem a cabeça: “Ao Senhor se confiou, ele o liberte  e agora o salve, se é verdade que ele o ama!”
2. Cães numerosos me rodeiam furiosos, e por um bando de malvados fui cercado. Transpassaram as minhas mãos e os meus pés e eu posso contar todos os meus ossos.
3. Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica. Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, ó minha força, vinde logo em meu socorro!
4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos! Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, glorificai-o, descendentes de Jacó, e respeitai-o, toda a raça de Israel!

Segunda Leitura
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses
Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.
Palavra do Senhor.
Ass: Graças a Deus.

Evangelho
22. O diácono ou, na falta dele, o sacerdote, le a história da Paixão, sem velas, incenso, saudação ou sinal da cruz sobre o texto. Pode também ser lida por leigos, reservando-se a parto do Cristo para o sacerdote, se for possível.
Os diáconos, ou ministros ordenados, mas não outros leitores, pedem a benção ao sacerdote, como habitualmente antes do Evangelho.
Refrão: Salve, ó Cristo obediente!
Salve, amor onipotente,
Que te entregou à cruz
E te recebeu na luz!

1. O Cristo obedeceu até a morte,
Humilhou-se e obedeceu o bom Jesus,
Humilhou-se e obedeceu, sereno e forte,
Humilhou-se e obedeceu até a cruz.

2. Por isso o Pai do céu o exaltou,
Exaltou-o e lhe deu um grande nome,
Exaltou-o e lhe deu poder e glória,
Diante dele céus e terra se ajoelhem!

História da Paixão (Ano A)

Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus.
Naquele tempo, Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:

Leitor: “Tu és o rei dos judeus?”

Narrador 1: Jesus declarou:

Pres: “É como dizes”.

Narrador 1: E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Então Pilatos perguntou:

Leitor: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?”

Narrador 1:  Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos perguntou à multidão reunida:

Leitor: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”

Narrador 2: Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:

Mulher (ou leitor):“Não te envolvas com este justo! porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”.

Narrador 2: Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar:
Leitor: “Qual dos dois quereis que eu solte?”

Narrador 2:  Eles gritaram:

Ass: “Barrabás”.

Narrador 2: Pilatos perguntou:

Leitor: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?”

Narrador 2: Todos gritaram:

Ass: “Seja crucificado!”

Narrador 2: Pilatos falou:

Leitor: “Mas, que mal ele fez?”

Narrador 2:  Eles, porém, gritaram com mais força:

Ass: “Seja crucificado!”

Narrador 1:  Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então ele mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:

Leitor: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!”
Narrador 1:  O povo todo respondeu:

Ass: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos”.

Narrador 1:  Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao Palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele. Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:

Ass: “Salve, rei dos judeus!”

Narrador 2:  Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”
.
Narrador 1:  Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação:

Ass: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”.

Narrador 1:  Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:

Leitor: “Tu que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”

Narrador 2:  Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:

Leitor: “A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de
Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.

Narrador 1:  Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus, o insultavam. Desde o meio-dia até às três da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:

Pres: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”

Narrador 1:  que quer dizer:

Pres: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”

Narrador 1:  Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:

Ass: “Ele está chamando Elias!”

Narrador 1:  E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. Outros, porém, disseram:

Ass: “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”

Narrador 1:  Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.

(Todos se ajoelham e faz-se um momento de oração em silêncio).

Narrador 2:  E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:

Ass: “Ele era mesmo Filho de Deus!”

Narrador 1:  Palavra da Salvação.

Ass:  Glória a vós, Senhor.
Não se óscula o lecionario, nem se apresenta ao povo, nem mesmo o abençoa.
23. Após a história da Paixão, se for oportuno, haja uma BREVE homilia.

Diz-se o Creio.
Ass: Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu na Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém
Preces dos fiéis (Omite-se)
Podem serem feitas as preces comuns do tempo quaresmal.

Ofertório
Inicia-se o canto do ofertório, enquanto os ministros colocam no altar o corporal, o sanguinho, o cálice e o missal.
O sacerdote, de pé, toma a patena com o pão e, elevando-a um pouco sobre o altar, reza em silêncio:
Bendito sejais, senhor, Deus do Universo, pelo pão que recebemos da Vossa bondade, fruto da terra e do trabalho humano: que agora Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Pão da vida.
Em seguida, coloca a patena com o pão sobre o corporal. O diácono ou o sacerdote derrama vinho e um pouco d´água no cálice, rezando em silêncio:
Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.
Em seguida, o sacerdote toma o cálice e, elevando-o um pouco sobre o altar, reza em silêncio:
Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos da Vossa bondade, fruto da videira e do trabalho humano: que agora Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Vinho da Salvação.
Coloca o cálice sobre o corporal.
O sacerdote, inclinado, reza em silêncio:
De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus.
Se fo oportuno, incensa as oferendas e o altar. Depois o diácono ou o ministro incensa o sacerdote e o povo.
O sacerdote, de pé, ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio:
Lavai-me, Senhor, de minhas faltas e purificai-me de meus pecados.

No meio do altar e voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, o sacerdote diz:
Pres: Orai, irmãos e irmãs, para que levando ao altar  as alegrias e fadigas de cada dia, nos disponhamos a oferecer um sacrifício aceito por Deus Pai todo-poderoso.
Ass: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.

Em seguida, abrindo os braços, o sacerdote reza a oração sobre as oferendas;
Pres: Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, sejamos reconciliados convosco, de modo que, ajudados pela vossa misericórdia, alcancemos pelo sacrifício do vosso Filho o perdão que não merecemos por nossas obras. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.

Começando a Oração Eucarística, o sacerdote abre os braços e diz:
Pres: O Senhor esteja convosco.
Ass: Ele está no meio de nós.
Erguendo as mãos, o sacerdote prossegue:
Pres: Corações ao alto.
Ass: O nosso coração está em Deus.
O sacerdote, com os braços abertos, acrescenta:
Pres: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
Ass: É nosso dever e nossa salvação.
O sacerdote, de braços abertos, continua o prefácio.

Pres: Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Inocente, Jesus quis sofrer pelos pecadores. Santíssimo, quis ser condenado a morrer pelos criminosos. Sua morte apagou nossos pecados e sua ressurreição nos trouxe vida nova. Por ele, os anjos cantam vossa grandeza e os santos proclamam vossa glória. Concedei-nos também a nós associar-nos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz:
Ass: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!

Pode-se prosseguir com as Orações Eucarísticas I, II ou III. Aqui disponibilizamos a II, por razões pastorais, a mais aconselhável.

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres: Na verdade, ó Pai, vós sois santo e fonte de toda santidade.
Une as mãos e as estende sobre as oferendas, dizendo:
Santificai, pois, estas oferendas, derramando sobre elas o vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo e + o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso.
Ass: Santificai nossa oferenda, ó Senhor!

O sacerdote une as mãos.
Pres: Estando para ser entregue e abraçando livremente a paixão,
Toma o pão, mantendo-o um pouco elevado sobre o altar, se inclina, e prossegue:
ele tomou o pão, deu graças e o partiu e deu a seus discípulos.
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena, fazendo genuflexão para adorá-la.

Então prossegue:
Do mesmo modo, ao fim da ceia,
Toma o cálice nas mãos, mantendo-o um pouco elevado sobre o altar, se inclina, e prossegue:
ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente o deu a seus discípulos.
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal, e faz genuflexão para adorá-lo.

Em seguida, diz:
Eis o mistério da fé!
Ass: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!

O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pres: Celebrando, pois, a memória da morte e ressurreição do vosso Filho, nós vos oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da salvação; e vos agradecemos por que nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir.
Ass: Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!

Pres: E nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo.
Ass: Fazei de nós um só corpo e um só espírito!

1C: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro: que ela cresça na caridade com o papa N., com o nosso bispo N. e todos os ministros do vosso povo.
Ass: Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!

2C: Lembrai-vos também dos nossos irmãos e irmãs que morreram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida: acolhei-os junto a vós na luz da vossa face.
Ass: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!

3C: Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de todos nós e dai-nos participar da vida eterna, com a virgem Maria, mãe de Deus, com os santos apóstolos e todos os que neste mundo vos serviram, a fim de vos louvarmos e glorificarmos por Jesus Cristo, vosso Filho.
Ass: Concedei-nos o convívio dos eleitos!

Ergue o cálice e a patena com hóstia, dizendo:
Pres: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre.
Ass: Amém!

Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote diz unindo as mãos:
Pres: O Senhor nos comunicou o seu Espírito. Com a confiança e a liberdade de filhos, digamos juntos:
O sacerdote abre os braços e prossegue com o povo:
Ass: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade,  assim na terra como no céu;  o pão nosso de cada dia nos daí hoje,  perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:
Pres: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo salvador.
O sacerdote une as mãos. O povo conclui a oração aclamando:
Ass: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:
Pres: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
O povo responde:
Ass: Amém.

O sacerdote, estendendo e unindo as mãos, acrescenta:
Pres: A paz do Senhor esteja sempre convosco.
O povo responde:
Ass: O amor de Cristo nos uniu.

Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio:
Pres: Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor nosso, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna.

Enquanto isso, canta-se ou recita-se:
Ass: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Essas palavras podem ser repetidas várias vezes, se a fração do pão se prolonga. Contudo, na última vez se diz: dai-nos a paz.

O sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio:
Pres: Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que cumprindo a vontade do Pai e agindo com o Espírito Santo,pela vossa morte destes vida ao mundo, livrai-me dos meus pecados e de todo mal; pelo vosso Corpo e pelo vosso Sangue, dai-me cumprir sempre a vossa vontade e jamais separar-me de vós.

Antífona da Comunhão
Pres: Ó Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.

O sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia, elevando-a sobre a patena, diz em voz alta, voltado para o povo:
Felizes os convidados para o Banquete nupcial do Cordeiro.
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E acrescenta, com o povo, uma só vez:
Ass: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

Enquanto o sacerdote comunga do Corpo de Cristo, inicia-se o canto da comunhão.
O sacerdote, voltado para o altar, reza em silêncio:
Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.
Comunga o Corpo de Cristo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio:
Que o Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna.
Comunga o Sangue de Cristo.
Toma a patena ou o cibório e, mostrando a hóstia um pouco elevada aos que vão comungar e diz a cada um:
O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
Amém.
O diácono, ao distribuir a sagrada comunhão, procede do mesmo modo.
Terminada a comunhão, o sacerdote, o diácono ou acólito purifica a patena e o cálice.
Enquanto se faz a purificação, o sacerdote reza em silêncio:
Fazei, Senhor,que conservemos num coração puro o que a nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal e transforme para nós em remédio eterno.
O sacerdote pode voltar a cadeira. É aconselhável guardar um momento de silêncio ou recitar algum salmo ou canto de louvor.

De pé, junto à cadeira ou ao altar, o sacerdote diz:
Pres: Oremos.
E todos, com o sacerdote, rezam algum tempo de silêncio, se ainda não o fizeram. Em seguida o sacerdote abrindo os braços diz a oração:
Saciados pelo vosso sacramento, nós vos pedimos, ó Deus: como pela morte do vosso Filho nos destes esperar o que cremos, dai-nos pela sua ressurreição alcançar o que buscamos. Por Cristo, nosso Senhor
O povo aclama:
Ass: Amém.

Se for necessário, façam-se breves comunicações ao povo.

O sacerdote abrindo os braços, saúda o povo:
Pres: O Senhor esteja convosco.
O povo responde:
Ass: Ele está no meio de nós.
O sacerdote diz:
Inclinai-vos para receber a bênção.

Em seguida, o sacerdote, com as mãos estendidas sobre o povo, diz a oração:
Pres: O Pai de misericórdia, que vos deu um exemplo de amor na paixão do seu Filho, vos conceda, pela vossa dedicação a Deus e ao próximo, a graça de sua bênção.
Ass: Amém.

Pres: O Cristo, cuja morte vos libertou da morte eterna, conceda-vos receber o dom da vida.
Ass: Amém.

Pres: Tendo seguido a lição de humildade deixada pelo Cristo, participeis igualmente de sua ressurreição.
Ass: Amém.

O sacerdote abençoa o povo, dizendo:
Pres: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.
Ass: Amém.

Depois, o diácono ou o próprio sacerdote diz ao povo, unindo as mãos:
Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
O povo responde:
Ass: Graças a Deus.


Então o sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita a devida reverência, retira-se com os ministros.

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